Presidente do TSE deu 24 horas para PL incluir
auditoria do 1o turno, quando foram eleitos quatro governadores, 187 deputados
federais e 13 senadores da Coligação de Bolsonaro
O presidente do TSE, Alexandre de Moraes, deu 24 horas
para que o pedido do PL para anular votos de parte das urnas abranja os dois
turnos das eleições. Caso o PL faça isso, pode colocar em risco a votação
expressiva atingida no 1º turno pela coligação de Jair Bolsonaro, composta por
PL, Progressistas e Republicanos.
Juntos, os partidos elegeram seis governadores. Quatro
deles em primeiro turno: Gladson Cameli (Progressistas), no Acre; Cláudio
Castro (PL), no Rio de Janeiro; Antonio Denarium (Progressistas), em Roraima; e
Wanderlei Barbosa (Republicanos), em Tocantins.
Nas eleições Legislativas, o PL foi o partido com o
melhor desempenho. Elegeu 99 deputados e 8 senadores. Ao todo, a coligação de
Jair Bolsonaro emplacou 187 cadeiras na Câmara e 13 no Senado.
Parlamentares eleitos na Câmara dos Deputados
PL – 99
Progressistas – 47
Republicanos – 41
Parlamentares eleitos no Senado
PL – 8
Progressistas – 3
Republicanos – 2
Nos estados, onde as coligações não necessariamente são as mesmas do âmbito nacional, o PL elegeu 129 deputados estaduais. Veja lista abaixo:
Acre – 2
Amapá – 2
Amazonas – 3
Alagoas – 1
Bahia – 4
Ceará – 4
DF – 4
Espírito Santo – 5
Goiás – 3
Maranhão – 5
Mato Grosso – 2
Mato Grosso do Sul – 3
Minas gerais – 9
Paraná – 5
Paraíba – 3
Pará – 3
Pernambuco – 5
Piauí – 0
Rio de Janeiro – 17
Rio Grande do Norte – 4
Rio Grande do Sul – 5
Rondônia – 2
Roraima – 1
Santa Catarina – 11
Sergipe – 3
São Paulo – 19
Tocantins – 4
Entenda
O presidente Jair Bolsonaro (PL) e o presidente do PL,
Valdemar Costa Neto, entraram com uma representação no Tribunal Superior
Eleitoral (TSE) para pedir a anulação de votos feitos em modelos de urnas
anteriores a 2020.
O presidente do TSE, Alexandre de Moraes, se manifestou rapidamente e deu 24 horas para que o pedido do PL abranja os dois turnos das eleições.
Na decisão, Moraes argumentou que “as urnas
eletrônicas apontadas na petição inicial foram utilizadas tanto no primeiro turno
quanto no segundo turno”.
O PL pediu a anulação dos votos nos modelos de urnas
UE2009, UE2010, UE2011, UE2013 e UE2015. A alegação é de que houve
“desconformidades irreparáveis de mau funcionamento” nesses modelos.
Assinada pelo advogado Marcelo Luiz Ávila de Bessa, a
representação cita o laudo técnico de auditoria feito pelo Instituto Voto Legal
(IVL), contratado pelo PL, que teria constatado, segundo eles, “evidências
contundentes de mau funcionamento de urnas eletrônicas”.
“Apenas as urnas eletrônicas modelo UE2020 é que
geraram arquivos LOG com o número correto do respectivo código de
identificação”, afirma a representação. Este modelo mais recente tem 224.999
urnas, o que representa 40,82% do total de urnas usadas nas eleições.
Fonte: CNN